"As origens do cão doméstico
baseiam-se em suposições, por se tratar de ocorrências de milhares de anos,
cujos crescentes estudos mudam em ambiente e datação dos fósseis. Uma das
teorias aponta para um início anterior ao processo de domesticação,
apresentando a separação de lobo e cão há cerca de 135 000 anos, sob a luz dos
encontrados restos de canídeos com uma morfologia próxima à do cinzento, misturados
com ossadas humanas.
Outras, cujas cronologias são mais recentes, sugerem que a domesticação em si começou há cerca de 30 000 anos, os primeiros trabalhos caninos e o início de uma acentuada evolução entre 15 000 e 12 000, e por volta de 20% das raças encontradas atualmente, entre 10 000 e 8000 anos no Oriente Médio. Além das imprecisões do período, há também discordâncias sobre a origem. Enquanto especula-se que os cães sejam descendentes de uma outra variação canídea, as mais aceitáveis são a descendência direta do lobo cinzento ou dos cruzamentos entre lobos e chacais.
Outras, cujas cronologias são mais recentes, sugerem que a domesticação em si começou há cerca de 30 000 anos, os primeiros trabalhos caninos e o início de uma acentuada evolução entre 15 000 e 12 000, e por volta de 20% das raças encontradas atualmente, entre 10 000 e 8000 anos no Oriente Médio. Além das imprecisões do período, há também discordâncias sobre a origem. Enquanto especula-se que os cães sejam descendentes de uma outra variação canídea, as mais aceitáveis são a descendência direta do lobo cinzento ou dos cruzamentos entre lobos e chacais.
As evidências baseiam-se também
em achados arqueológicos, já que foram encontrados cães enterrados com humanos
em posições que sugerem afetividade. Segundo estes trabalhos de pesquisa, o
surgimento das variações teria ocorrido por seleção artificial de filhotes de
lobos-cinzentos e chacais que viviam em volta dos acampamentos pré-históricos,
alimentando-se de restos de comida ou carcaças deixadas como resíduos pelos
caçadores-coletores. Os seres humanos perceberam a existência de certos lobos
que se aproximavam mais do que outros e reconheceram certa utilidade nisso,
pois eles alertavam para a presença de animais selvagens, como outros lobos ou
grandes felinos. Mais sedentários devido ao desenvolvimento da agricultura, os
seres humanos então deram um novo passo na relação com os caninos.
Eventualmente, alguns filhotes foram capturados e levados para os acampamentos na tentativa de serem utilizados. Com o passar dos anos, os animais que, ao atingirem a fase adulta, mostravam-se ferozes, não aceitando a presença humana, eram descartados ou impedidos de se acasalar. Deste modo, ao longo do tempo, houve uma seleção de animais dóceis, tolerantes e obedientes aos seres humanos, aos quais era permitido o acasalamento e que, quando adultos, eram de grande utilidade, auxiliando na caça e na guarda. Esse gradual processo, baseado em tentativas e erros, levou eventualmente à criação dos cães domésticos.
Eventualmente, alguns filhotes foram capturados e levados para os acampamentos na tentativa de serem utilizados. Com o passar dos anos, os animais que, ao atingirem a fase adulta, mostravam-se ferozes, não aceitando a presença humana, eram descartados ou impedidos de se acasalar. Deste modo, ao longo do tempo, houve uma seleção de animais dóceis, tolerantes e obedientes aos seres humanos, aos quais era permitido o acasalamento e que, quando adultos, eram de grande utilidade, auxiliando na caça e na guarda. Esse gradual processo, baseado em tentativas e erros, levou eventualmente à criação dos cães domésticos.
Grupos de raças:
De acordo com a Federação de
Cinofilia Internacional, em francês: Fédération Cynologique Internationale,
regida pela Federação Cinológica Internacional, existem onze grupos de raças
oficiais, porém variados de país para país, já que cada organização
internacional admite diferentes grupos para a classificação do conjunto de
raças que reconhece. A oficial, por sua vez, considera "os cães que
realizam o mesmo tipo de trabalho ou que tenham a mesma semelhança física, a
fim de que os cinófilos possam ter mecanismos facilitados para julgamento da
estrutura e dinâmica dos exemplares de cães apresentados em exposições de
beleza e fundamentalmente, organizar aquelas raças que, com particularidades e
utilidades similares, sejam facilmente identificadas pela sua função.
- Grupo 01: cães pastores e boieiros (exceto boieiros suíços)
- Grupo 02: tipo pinscher e schnauzer, molossóides e boieiros suíços
- Grupo 03: terriers
- Grupo 04: dachshunds
- Grupo 05: spitz e do tipo primitivo
- Grupo 06: sabujos farejadores e raças semelhantes
- Grupo 07: cães apontadores e de parar
- Grupo 08: cães d'água, levantadores e retrievers
- Grupo 09: cães de companhia
- Grupo 10: lebréus ou galgos
- Grupo 11: raças não reconhecidas pela FCI, como american pit bull terrier, dogue brasileiro, ovelheiro gaúcho e o bulldog americano.
Dentro destes grupos estão mais
de quatrocentas raças ao redor do globo, que, por suas funções, dividem-se em
um número variado de categorias, como de guarda, de tiro e caça, de utilidade,
de luxo e de companhia. Entre as raças mais populares do mundo, eleitas no ano
de 2009, estão o labrador retriever, considerado amigável e boa companhia para
as crianças; o golden retriever, dito simpático, gentil e brincalhão; o
yorkshire terrier, classificado como ativo e protetor apesar de seu diminuto
tamanho; o pastor alemão, que figura como uma das raças mais inteligentes e
leais; o beagle, visto como grande farejador; o dachshund, de corpo exótico; o
boxer, ativo e leal; o poodle, ativo e companheiro; o shih tzu, dito excelente
companheiro; e o schnauzer miniatura, visto como esperto e amável.83
Há ainda o vira-lata (Brasil), ou
rafeiro (Portugal), denominações dadas aos cães ou gatos sem raça definida
(SRD), como são geralmente referenciados em textos veterinários. Em geral são
considerados sem raça definida os mestiços, descendentes da mescla natural e
desordenada de diferentes raças".
Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre
Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre